domingo, 28 de junho de 2009

Irã


Em primeiro lugar, o que vou escrever não tem pretensão jornalística, muito menos de análise. Aspectos culturais também não foram levados em consideração.

A mobilização dos iranianos, denunciando fraude no processo eleitoral, reivindicando mudanças e buscando formas de comunicar ao mundo o que acontece por ali, me sensibiliza. Me comove ver aquela luta desigual entre a população civil e a repressão armada.

Ahmadinejad, um ultraconservador que já ameaçou Israel, nega o holocausto, rechaça a fiscalização internacional às instalações nucleares do País, insiste em bloquear qualquer processo de abertura democrática e nega a concessão de direitos às mulheres, foi declarado vencedor com mais de 60% dos votos. O problema é que contra todas as evidências pré-eleitorais.

O Conselho de Guardiões, instância máxima no regime teocrático do Irã, não concorda com nova eleição, apesar das denúncias e dos protestos diários. Mas, com perfil urbano e mais instruído, os eleitores de Moussavi, ex-primeiro-ministro e candidato da oposição, continuam a protestar e a denunciar.

Em 1979, quando o aiatolá Khomeini liderou a oposição e derrubou o xá Reza Pahlevi, o Pacotão, irreverente bloco carnavalesco criado por jornalistas em Brasília, cantava o seguinte:

“Geisel você nos atolou
O Figueiredo também vai atolar
Aiatolá. Aiatolá,
Venha nos salvar
Que esse governo já ficou
Gagá, gagagageisel ....”

A música era ótima, o carnaval foi animadíssimo e o recado de mudança dado. Mas ainda bem que nosso socorro não eram os aiatolás!

Tomara que as negociações por lá cheguem a bom termo, que a história seja mais generosa com os iranianos daqui para a frente. Que os traumas e as mortes não tenham sido em vão.

sábado, 27 de junho de 2009

Um pouquinho de diversão


sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson

Ele em 1958, eu em 1960. Com diferença tão pequena de idades e ele começando uma carreira tão cedo, cresci ouvindo, assistindo, acompanhando a obra e a vida de Michael Jackson. Ainda criança, quase adolescente, já ouvia o Jackson Five. Um pouco adiante, na época das discotecas, dancei muito ao som daquela música contagiante. Só queria fazer o registro da perda de um ídolo que me embalou em vários momentos. Talento enorme e vida atormentada. Descanse em paz!

Óculos



Onde estão meus óculos? Conseguem imaginar uma senhora sem óculos? Não tentem, é um pesadelo. Sou prevenida, tenho três pares: um na bolsa, outro em casa e mais um reserva. Hoje aconteceu o que eu julgava impossível, perdi meus óculos. O primeiro deve estar dormindo no trabalho ou no carro, porque desapareceu da bolsa. O segundo, este escolheu descansar em algum lugar tão improvável, que não se acha. O terceiro, aquele reserva, descobri que está como estepe vazio, não serve para nada. Esqueci de trocar as lentes.

Ano passado, o oftalmologista me respondeu que minhas lentes não passariam de 3 graus. Este ano atingi a meta. Dele. E ele, o “oculista”, com lindos olhos azuis que ainda enxergam tudo, deu nova sentença: “não passarão de 3,50”. Só não tive um chilique, porque ainda enxergo aqueles olhos.

No computador sempre é possível aumentar a fonte. Vinte e quatro parece bom. Bom, mas vinte e seis é melhor. O problema é que cardápios, livros, jornais, enfim, estas coisas normais do nosso dia a dia, pelo menos em suas formas convencionais, ainda não atendem a comandos. Não adianta gritar: - Fonte vinte e oito!

E quando você quer se maquiar?
Tira os óculos.
Passa a base.
Põe os óculos.
Tá bom.
Tira os óculos.
Passa o pó facial.
Põe os óculos.
Ok.
Tira os óculos.
Passa a sombra.
Põe os óculos.
Satisfatório.
Tira os óculos.
Passa o lápis de olhos.
Põe os óculos.
Ainda precisa de retoque.
Tira os óculos.
Retoca o lápis.
Põe os óculos.
Agora está bom.
Tira os óculos.
Passa o rímel.
Põe os óculos.
Os olhos estão bons (a maquiagem). Mas uma corzinha nas bochechas cairia bem.
Põe os óculos.
Procura o pincel.
Tira os óculos.
Aplica o blush.
Põe os óculos.
Perfeito.
Só falta o batom.
Ufa, pelo menos agora não preciso tirar os óculos, eles não ficam na frente da boca.
Passa o batom.
Tira os óculos.
Analisa-se o efeito. Uma vez aprovado, você já está pronta para sair.
Ah, não se esqueça de levar um par.
Um retoque pode ser necessário.

Feita a maquiagem me diga como você paquera de óculos !?!?!? “Téte-à-téte” de óculos para “vista cansada”!?!?!?! Bem, isto é um capítulo à parte, que pretendo detalhar em outra ocasião, mas lembre-se do Herbert Viana: “Eu não nasci de óculos, eu não era assim, não!” E, se você vencer esta etapa, prepare-se para emoções mais fortes. A falta de óculos na intimidade é trágica! Acho que nem vou voltar a este tópico.... Ah! Um último comentário, caso vocês tenham trocado celulares. Você nunca sabe quem está ligando, mesmo que o remetente esteja na sua agenda. Você simplesmente não consegue enxergar o nome ! E até achar os óculos, o coitado do outro lado já desistiu a muito tempo.

Outro problema seriíssimo dos óculos para perto é puxá-los para a ponta do nariz e olhar para o interlocutor por cima da armação. Atenção, não adianta resistir, é instintivo. Você está lendo, alguém se aproxima e se dirige a você. Ou, você está trabalhando no computador e um colega te chama do outro lado da sala. O que você faz? Não dá para puxar a pessoa, então você puxa os óculos. Desconfio que aquelas rugas que aparecem no pescoço não são consequencia do envelhecimento, do sobrepeso ou daqueles nódulos na tireóide. São culpa da postura que os óculos provocam. Não tem jeito, você levanta os olhos, abaixa a cabeça e dobra o pescoço.

Bom, já é tarde, meu nariz está marcado, mas antes de terminar, lembro que eles podem ser objeto de fetiche para alguns. Passam uma aura de seriedade ou intelectualidade que tem seu charme. Pelo menos há esperanças, já que cirurgias seguras ainda não estão disponíveis.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Blog ?!?!?!?!?! E agora ?!?!?!?



Ainda não descobri o que pretendo escrever neste blog. Buscando temas, penso que alguns são muito pessoais e outros sem relevância. Pensei em escrever sobre viagens ou pessoas ou fatos que, mesmo não exatamente atuais, seriam divertidos ou curiosos. E continuo na mesma. Afinal, para que serve um blog ? Crônicas, poesias, declarações de amor (ou ódio), saudosismo, esperança, compartilhar (emitir) opiniões sobre filmes, livros, shows, peças, matérias que estão na mídia ? Falar de família, amigos, trabalho, moda, decoração, (des)elegância, saúde, doença, gastronomia, calorias (não ouçam um eventual conselho, era magrela, estou gordinha), crenças, esportes, artes, política ... Outro dia li uma declaração do Saramago, onde ele criticava a falta de cuidado na escrita e no conteúdo dos blogs. Tremo nas bases. Estou me incorporando ao lixo ?

Lá no Orkut tenho um perfil, pouco utilizado é verdade, mas que me mantém em contato com primos, muitos primos. É funcional (sou virginiana) ! Fico atualizada com acontecimentos da família. Já encontrei, também, pessoas queridas com as quais perdi contato nas mudanças da vida. Mas aqui é diferente. Na adolescência e mesmo aos 20 anos, teria assuntos sem fim. Os blogs não existiam, mas o diário, eventualmente mantido a chave, era interlocutor frequente. Mas não sou mais tagarela. Não sei se é uma evolução, mas me transformei em ouvinte. Ando “rouca” de tanto ouvir ! Será que o segredo é simplesmente “pensar alto” ?

Vou tentar ! Das mansardas do meu coração e da minha razão.