domingo, 21 de agosto de 2011

100 Anos de Machu Picchu




Há exatamente 100 anos, Hiram Bingham descobria o sítio arqueológico de Machu Picchu. Até hoje não se sabe exatamente o papel de Machu Picchu no mundo Inca, mas o fato é que aquele lugar, mesmo que o sítio não existisse, é mágico. Aquelas montanhas e vales são fantásticos, não só no sentido da beleza, mas do inexplicável.

Lá se vão 5 anos (2006). Mas a visão daquele lugar não sai da minha retina nem da minha memória. Depois de dormir em Águas Calientes, tive a felicidade de subir para Machu Picchu ainda de madrugada, entrando no parque às primeiras horas da manhã. A cidade estava vazia e foi algo inesquecível passear por aqueles caminhos e subir aquelas escadas sem o barulho do formigueiro humano que se avizinha mais tarde, já que os que viajam de Cusco só chegam lá pelas 10 ou 11 horas.

Pode-se dizer que há algo de sobrenatural por ali, que o espaço convida à reflexão sobre a humanidade ou sobre nossas próprias vidinhas. Ninguém visita Machu Picchu impunemente. Nossas consciências, pessoal e do mundo, são mobilizadas de tal forma pela energia do lugar que não se sabe como nem porque, mas saímos de lá diferentes.

Ao voltar para Cusco, um ou dois dias depois, tive uma crise de choro até hoje inexplicável. Pensando bem, acho que foram os ares de Machu Picchu que provocaram aquele Urubamba de lágrimas. As emoções estavam à flor da pele e tinha que dar vazão da maneira mais coerente com meu temperamento: chorando.

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