Para suprir a “deficiência” da natureza, ainda no Brasil, Carmen usava as famosas plataformas inventadas por ela mesma. E eis que em 1938, a atriz francesa Annabella, outra estrela pequenina da época, esteve no Rio de Janeiro usando um saltinho e um solado inteiriços que fizeram grande sucesso. O nome do salto? Anabela. Acreditem, esta é a origem do nome do tipo de sola tão usada no Brasil ainda hoje. Bom, depois de tanta bobagem, para finalizar só me resta dar vivas às baixinhas, e, também, desejar vida longa às plataformas e aos saltos Anabela!
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Pequena Notável
Para suprir a “deficiência” da natureza, ainda no Brasil, Carmen usava as famosas plataformas inventadas por ela mesma. E eis que em 1938, a atriz francesa Annabella, outra estrela pequenina da época, esteve no Rio de Janeiro usando um saltinho e um solado inteiriços que fizeram grande sucesso. O nome do salto? Anabela. Acreditem, esta é a origem do nome do tipo de sola tão usada no Brasil ainda hoje. Bom, depois de tanta bobagem, para finalizar só me resta dar vivas às baixinhas, e, também, desejar vida longa às plataformas e aos saltos Anabela!
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Carmen Miranda
Acabei de ler a biografia de Carmen Miranda, escrita por Ruy Castro. Com as mortes de Michael Jackson e Heath Ledger na mídia, as vítimas mais recentes, é interessante saber o que aconteceu com ela.

Mas, apesar do enorme sucesso, a estrela que em 1945 chegou, segundo o fisco americano, a ser a mulher mais bem remunerada dos Estados Unidos, teve seu talento reconhecido apenas parcialmente. Mesmo depois de dominar o inglês, continuava dando entrevistas num “dialeto” mambembe, pois ficou prisioneira do rótulo que recebera, onde só cabia o papel de comediante matuta, que sequer sabia se expressar.
Ainda no âmbito profissional, era atormentada, também, pelas críticas veiculadas aqui no Brasil, onde era acusada de renegar suas origens, de estar americanizada.
Acrescente-se a tudo isto, o drama pessoal provocado pelo desejo de ser mãe, o que, dentro da hipócrita e puritana sociedade americana da época (?), só era possível dentro do casamento. Para não cair no ostracismo, ela chegou a fazer um aborto e para realizar o sonho casou-se com um arrivista, que não lhe deu o filho, mas legou-lhe o alcoolismo.
No fundo do poço e na tentativa de superar a depressão e a dependência provocadas por este quadro, Carmen chegou a recorrer a eletrochoques, o tratamento preconizado à época e ministrado a frio. A violência era tamanha que provocava amnésia no paciente.
Quanto desperdício de vida e talento! Carmen morreu em 1955, aos 46 anos.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
À Flor da pele

Voltei de viagem e gostaria de retomar o tema proposto pelo belíssimo ensaio fotográfico “linkado” acima e pela matéria À Flor da Pele, publicada no Jornal do Commercio de Recife. Pois é, em geral nós não pensamos nas restrições impostas por determinadas condições de saúde, até que nos deparamos com um relato sobre elas. Assim aconteceu comigo em relação ao albinismo. Ao ler a história dos três irmãos de Olinda, que convivem com dificuldades econômicas, além das de saúde, saí em busca de informações. O que pude perceber é que a poesia com que a história foi escrita passa longe da realidade dos portadores do albinismo e das discussões que ela deveria colocar. Encontrei o blog “O albino incoerente’, mantido por Roberto Bíscaro (Dr. Albee), professor de literatura do interior de São Paulo, onde diversas destas questões são abordadas e, o mais importante, levanta a bandeira de políticas públicas que atendam às necessidades dos portadores do albinismo.
Hoje, tendo em vista a repercussão da matéria, aquelas três crianças certamente estão vivendo em melhores condições, por uma ação assistencialista daqueles que se sensibilizaram. Talvez seja esta, entretanto, a ocasião para se discutir políticas públicas para os portadores do albinismo.
Pipocas !!!!!

domingo, 30 de agosto de 2009
Poltronas Yin Yang


Adoro decoração e design. As ideias materializadas em formas retrôs ou modernas, materiais tradicionais ou tecnológicos, de alto custo ou mais acessíveis, com usos os mais diversos. Não importa. De vez em quando navego por sites da área, onde é possível descobrir peças lindas. Numa destas “andanças” me deparei com as poltronas Yin Yang. Foi paixão à primeira vista. Peças do suíço Nicolas Thomkins, foram desenvolvidas por uma empresa alemã chamada Dedon. Ao custo de, cada uma, mais de £ 7.000 (isto mesmo, libras), soube que jamais as teria. Mas queria vê-las ao vivo, sentir a textura da fibra, enfim, namorar as peças. E qual não foi minha surpresa ao encontrá-las em Paraty. Pois é, numa pousada muito chique dentro do centro histórico, onde eu naturalmente não estava hospedada, mas que pedi para visitar, lá estavam elas à beira da piscina. Não me decepcionei, são peças belíssimas.
sábado, 29 de agosto de 2009
Unhas Vermelhas
Pintei minhas unhas de vermelho e, embora não tenha ficado feio, entrei em crise. Podem rir! Passei em revista meu armário e tudo era inadequado. Assumo minha incompetência. Acho que não sei portar e combinar unhas vermelhas. Lindas nas amigas, mas em mim estranhíssimas. Engraçado lembrar que namorei um rapaz adorador de unhas vermelhas. Claro que o namoro não podia dar certo. Bom, acabei de tirar o vermelho. Voltei a ser a mulher básica de sempre. Mais que isto, acho que recuperei minhas mãos, meus pés, meu estilo, enfim, minha identidade.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Paz e Amor – Movimento hippie
Quando adolescente tinha um sonho recorrente. Eu corria e depois voava com braços abertos e vento no rosto. Não me lembro se já relatei e trabalhei o sonho em terapia, mas acho que o vôo representava desejo de liberdade. Creio que é o mesmo desejo que me faz sentir atração pelo movimento hippie, pela contracultura. O tema me veio à lembrança com os 40 anos de Woodstock e os 20 anos da morte de Raul Seixas.
Ao ler este post, alguém que não me conheça pode pensar que sou “doidona”. Não sou. Esse sentimento sempre foi muito mais uma fantasia do que um estilo de vida. Até mesmo porque, pelo menos no auge do movimento, eu era uma criança. Não entendia de sociedade de consumo, desigualdades sociais, segregação racial, guerra, amor livre, filosofia oriental, viver em comunidade, ambientalismo, muito menos de marijuana, cogumelos, ácido, etc e tal. Já um pouco mais velha, especialmente na época da universidade, o que acabei adotando foi a estética hippie, com muitos vestidos soltos floridos, batas e sandaliazinhas rasteiras. Tardiamente experimentei a viagem mochileira e .... adorei !
No Brasil, floresceram o Tropicalismo, Mutantes, Raul Seixas, Novos Baianos, enfim, artistas que de formas diferentes também representavam o movimento hippie, a psicodelia. Em pleno regime militar, dependendo de onde viessem as críticas, eram acusados de comunistas a alienados.
Mas é curioso observar que, seja aqui ou acolá, o movimento teve profundo impacto cultural, mas, e político ?!?!?!?! Não acabou com a guerra do Vietnã nem com a ditadura militar.
Bem, tudo isto é para te perguntar: em que época você gostaria de ter vivido ou com qual período histórico você se identifica? Não sei a sua resposta, mas a minha é anos sessenta. Agora, se quiserem sentir o clima hippie, assistam Hair, do diretor Milos Forman. Ouçam Aquarius, Manchester, Good morning starshine e I got life, com a cena antológica da dança sobre a mesa. Clique aí na imagem. É irresistível!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009