sexta-feira, 4 de setembro de 2009

À Flor da pele


Voltei de viagem e gostaria de retomar o tema proposto pelo belíssimo ensaio fotográfico “linkado” acima e pela matéria À Flor da Pele, publicada no Jornal do Commercio de Recife. Pois é, em geral nós não pensamos nas restrições impostas por determinadas condições de saúde, até que nos deparamos com um relato sobre elas. Assim aconteceu comigo em relação ao albinismo. Ao ler a história dos três irmãos de Olinda, que convivem com dificuldades econômicas, além das de saúde, saí em busca de informações. O que pude perceber é que a poesia com que a história foi escrita passa longe da realidade dos portadores do albinismo e das discussões que ela deveria colocar. Encontrei o blog “O albino incoerente’, mantido por Roberto Bíscaro (Dr. Albee), professor de literatura do interior de São Paulo, onde diversas destas questões são abordadas e, o mais importante, levanta a bandeira de políticas públicas que atendam às necessidades dos portadores do albinismo.

Hoje, tendo em vista a repercussão da matéria, aquelas três crianças certamente estão vivendo em melhores condições, por uma ação assistencialista daqueles que se sensibilizaram. Talvez seja esta, entretanto, a ocasião para se discutir políticas públicas para os portadores do albinismo.

2 comentários:

Ana Lígia disse...

Às vezes passamos a vida sem olhar para o lado, né? Acho que se todos se colocassem no lugar do próximo, o mundo seria bem melhor.

Luisa Abreu disse...

Pois é, Aninha. Mas creio que o problema é ainda maior, porque, quando enxergamos, temos uma postura assistencialista. Nada contra ajudar, mas algumas situações demandam atitudes mais efetivas. Lembra daquela frase "não dê esmola, dê cidadania"? Tenho algumas restrições ao uso que se deu a ela, mas as pessoas "diferentes" devem ser objeto de políticas públicas que as amparem.
Obrigada pela visita. Você é minha leitora/comentadora mais assídua.Bjocas.