São diversas as lendas amazônicas. A mais conhecida talvez seja a do boto cor-de-rosa. Ao anoitecer ele se transforma num lindo homem, seduz as moças e volta ao rio de madrugada, quando reassume sua forma de “peixe”. Quando alguma moça aparece grávida sem que se conheça o pai, diz-se que ficou grávida do boto.
Mas o que quero contar aqui é a lenda da piraíba. Ou melhor, contar uma estória que ouvi por lá. A piraíba é um “bagre” enorme, podendo pesar até 300 kg. Diz-se que ele é capaz de engolir um homem.
Conheci um barqueiro com não mais de trinta anos, vou chamá-lo de José, que contou o seguinte:
- Meu pai foi-se quando eu tinha seis anos.
Num primeiro momento, entendi que o pai do rapaz havia morrido quando ele tinha seis anos. Mas ele continuou, dizendo:
- Durante muitos anos não soube de meu pai.
Aí percebi que pai do rapaz havia abandonado a família. E ele relatou o seguinte:
- Tempos atrás, encontrei um senhor que afirmava ter conhecido meu pai. Então perguntei seu paradeiro, ao que o homem respondeu que não adiantava procurá-lo, porque meu pai havia desaparecido no rio, devorado pela piraíba.
Fiquei pensando que este episódio marcou o ponto final de uma procura, de uma história pessoal doída, que ainda o fazia falar com a voz embargada pela emoção. Lenda? Quem sabe? São os mistérios da natureza e das crenças dos ribeirinhos.
Mas o que quero contar aqui é a lenda da piraíba. Ou melhor, contar uma estória que ouvi por lá. A piraíba é um “bagre” enorme, podendo pesar até 300 kg. Diz-se que ele é capaz de engolir um homem.
Conheci um barqueiro com não mais de trinta anos, vou chamá-lo de José, que contou o seguinte:
- Meu pai foi-se quando eu tinha seis anos.
Num primeiro momento, entendi que o pai do rapaz havia morrido quando ele tinha seis anos. Mas ele continuou, dizendo:
- Durante muitos anos não soube de meu pai.
Aí percebi que pai do rapaz havia abandonado a família. E ele relatou o seguinte:
- Tempos atrás, encontrei um senhor que afirmava ter conhecido meu pai. Então perguntei seu paradeiro, ao que o homem respondeu que não adiantava procurá-lo, porque meu pai havia desaparecido no rio, devorado pela piraíba.
Fiquei pensando que este episódio marcou o ponto final de uma procura, de uma história pessoal doída, que ainda o fazia falar com a voz embargada pela emoção. Lenda? Quem sabe? São os mistérios da natureza e das crenças dos ribeirinhos.
4 comentários:
Acho que passamos a vida procurando explicações. Seja para os outros, seja para nós mesmos. E acho que as lendas nascem assim. São explicações talvez melhores e mais bonitas que a realidade. Eu gosto de acreditar na magia das coisas. Seu post me fez pensar...
Pois é, mesmo sem personificar (palavra estranha, não é?), as lendas incorporam poesia na dureza da vida daquela gente.
Acabei de ler suas postagens. Vc acabou fazendo um serviço ao colocar tantas informações aqui no blog. Tenho vontade de conhecer esse Brasil lá de cima . Aliás , viajar é oxigênio para mim e nosso país é uma enorme maravilha !!! A vontade de ir para lá só aumentou . Obrigada pela " ajuda ". Beijo no coração
Querida Adriana,
A idéia era essa, além de, claro, me divertir e registrar as lembranças (caso contrário daqui a pouco seriam esquecimentos). Ficaria mais 1 dia no Anavilhanas e mais 1 em Manaus. A Viverde tem um blog muito legal, onde outros clientes da agência se manifestam. Acho que vale a pena passar por lá (http://blog.viverde.com.br/) e ler outras opiniões.
Conheci boa parte do norte a trabalho e agora estou me organizando para retornar a alguns lugares como turista. Ano que vem quero retornar a Belém e conhecer Marajó e Alter do Chão.
Beijos.
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